"The Resurrectionists" é um disco bonito. Simplesmente é tão "bonito" que cansa. Começa muito bem, com notórias influências dos Pink Floyd fase 1973-79, sobretudo nas guitarras bolha-de-sabão-a-plocar, e na voz virada para dentro. Depois é que surgem alguns problemas, nomeadamente a existência de músicas que se aproximam perigosamente de versões acústicas de rock fm conforme o entendemos em rádios americanas de 2009. Passa-se por situações em que a instrumentação fica a curta distância de igualar o delírio do eixo Godspeed You Black Emperor/A Silver Mt Zion, sendo essa curta distância o que separa este disco entre ser razoável e ser bom (muito bom nunca poderia ser, devido ao que disse na frase anterior). Em suma, ouça quem gostar de uma voz que nunca deixa de ser carinhosa e evocativa, mas evite-se para quem gostar de um pouco menos de delicadeza no seu "peso".
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