Já que foi preciso esperar 10 anos até que Mos Def se dedicasse a fazer um disco de MCing, ao menos que não perdesse o jeito que fez de "Black Star" (com Talib Kweli) e "Black On Both Sides" clássicos indiscutíveis. Se é verdade que, por muito boa vontade que se tenha, "The Ecstatic" não alcança o génio desses dois discos, também não deixa de ser um belíssimo álbum, concentrado de boas rimas e flow, e batidas que percorrem anos de música que contém groove, bravado e vitalidade. Mos permanece mordaz, quer a descrever situações na primeira pessoa, quer a falar nas questões sociopolíticas que lhe parecem mais prementes nos dias que correm. "The Ecstatic" é curto e despachado, 16 faixas em 45 minutos, sem com isso parecer ter sido feito ou acabado à pressa. Hiphop que não sai da linha, porque criou ele próprio a sua privada.
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