segunda-feira, 18 de maio de 2009

Woven Hand@Teatro Miguel Franco (Leiria)

É impossível evitar o cliché da intensidade quando falo de David Eugene Edwards. Tente por onde tentar, não dá. Edwards apresenta uma candidatura convincente a ser o Ian Curtis do século XXI pela forma como tremelica e se entrega em palco, apesar de não se levantar do banco durante a maior parte do espectáculo. Outra hipótese é referi-lo como uma mistura de Axl Rose possuído pelo "black oil" dos "X-Files". E Edwards toca e canta MUITO alto, o que faz com que os 80 minutos de música apresentados perante a assistência que encheu o teatro em Leiria sejam recebidos como uma perseguição de serial-killer. Se os Violent Femmes tivessem gravado "Hallowed Ground" no Egipto assolado pelas pragas bíblicas, o mais provável seria terem este som de americana amplificada, corrosiva e infernal. Só foi pena a relativamente curta duração. Um concerto que ninguém que lá esteve deverá esquecer!

Um vídeo de "Beautiful Axe" feito ontem:



Na primeira parte, o português Nuno Rancho apresentou-se munido de voz, guitarra eléctrica e loops, e canções com Eddie Vedder na voz, e algo de "Sketches..." de Jeff Buckley na guitarra. O facto de estar mais perto do intimismo de "Yield" ajudou-o a mostrar maior promessa que os imitadores de Pearl Jam circa 1994. Vejamos como evolui.

1 comentário:

bernie disse...

porra pá, o que eu gostava de ter assistido ao concerto. infelizmente tive que me ausentar do país sem grande pré-aviso e não deu para ir a leiria. mas há 3 ou 4 anos, em santa maria da feira, também foi um óptimo concerto. não me admiraria que este fosse ainda melhor.