Foi uma noite muito agradável aquela que os Born A Lion ofereceram para apresentar o seu novo, e francamente superior ao anterior "John Captain", álbum "Bluezebu". A informação sobre a banda no anúncio do concerto fala em Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. Dos primeiros viu-se muito nos riffs da guitarra, dos outros não se pode dizer que tenha havido muito, apesar de estarem como influência no MySpace da banda. Aqui mora mais a urgência garage de uns MC5 (houve versão de "American Blues"), a tremideira do eixo Kyuss-QOTSA, ou até algum do deboche de uns Monster Magnet, menos o psicadelismo destes últimos. Dúvidas que esta malta ama o rock and roll com todo o seu ser sobram poucas. Um guitarrista - Melquiadez - não tem aquele cabelo e barba, e aquele blusão de ganga por diversão, e um baixista - Nuñez - não tem um baixo à Lemmy só porque sim. E a verdade é que tocam de forma a que cada segundo seja um concurso de tiro ao alvo em que qualquer falha seja eliminação automática. Mereciam é, talvez, um público mais participativo. É certo que os entusiastas impuseram dois encores, mas a regra poucos-mas-bons não esteve propriamente entre os cerca de 50 presentes no Musicbox, entre os quais se contava o lendário António Sérgio, a quem a banda dedicou uma música. Venham mais concertos e palcos.
Nota: 8/10
Os The Hypers entraram em palco com menos de 15 pessoas na sala. Tentaram o seu melhor, num estilo entre o garage e o punk, devidamente vitaminado e empenhado, em formato de power-trio. Uma comparação poderão ser os "desaparecidos" Soledad Brothers, o que não é desonra para ninguém. Veremos se os próximos tempos os fazem subir um pouco mais na escala.
Nota: 7/10
Em baixo, um vídeo - com som um bocado mauzito - para "Chemical Vibes", música de abertura do concerto:
sábado, 4 de abril de 2009
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