O terceiro álbum dos Grizzly Bear mantém algumas das características do projecto Department Of Eagles, em que Daniel Rossen participa, e cujo "In Ear Park" foi o meu álbum favorito de 2008. A característica mais marcante da música de Rossen é a criação de um universo que é demasiado hermético para ser pastoral, demasiado cristalino na voz para ser psicadélico, demasiado percussivo para ser folk, e demasiado impressionista para ser pop. A voz, melíflua e límpida, é geralmente acompanhada de uma guitarra acústica que é mais rítmica que melódica, e por sons de bateria mais martelados que propulsivos. Pode tornar-se um pouco repetitivo, e esse problema sente-se mais aqui que em "In Ear Park". Não deixa, ainda assim, de conter uma grande beleza, que explora sabiamente todos os recantos de espaços falsamente reduzidos.
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