Claro, eu percebo. Ficaram fodidos por não terem conseguido chegar ao pé do edifício da cimeira, e tinham que descarregar essa energia raivosa acumulada de alguma maneira. E que melhor maneira de o fazer senão partir e deitar fogo ao local de trabalho de outras pessoas que não têm nada a ver com o assunto? Claro, perdem o trabalho e tal, mas decerto compreenderão que foi no âmbito de uma tomada de posição simbólica contra os pérfidos imperialistas. Quando ateiam o fogo à loja estão, na verdade, a ver a cara de um Jaap de Hoop Schaffer ou Angela Merkel. Sem dúvida que na sociedade sem chefes e classes que vocês defendem essas pessoas viveriam muito melhor e mais livres. Aliás, se não o quisessem, decerto depressa seriam "admoestadas". O meu agradecimento profundo vai para vocês, e toda a "liberdade" que representam. Algo, aliás, partilhado por aqueles gajos que também odeiam a NATO. Uns tais de talibans!
(nota: embora discordando de várias das suas posições, o direito legítimo de protestar pacificamente, usado pela maioria dos manifestantes em Estrasburgo, não está, de forma alguma, posto em causa)
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3 comentários:
Acredito que a maior parte desta gente sejam marginais e nem saibam o que está em causa. Do género "há porrada? Podem-se partir coisas e pegar fogo? Então estamos lá!". Mais do que discordar ou não das posições e políticas dos "infames capitalistas" (e agora também dos... errr... "infames emergentes"???), aliás muitas vezes indevidamente culpados quando a actual conjuntura não lhes permite fazer muito, pelo menos a curto prazo, acho que o que de facto é LARGAMENTE criticável é o evento em si. Acredito que se gastam FORTUNAS por um mero caderno de boas intenções, muita fachada, muitos apertos de mão, jantaradas, cocktails, abracinhos, beijinhos (excepção feita ao Berlusconi ;) ) e muitos "olhem tão amiguinhos que nós somos". Isto seria realmente necessário?
Pá, claro que isso pode ser debatido. Mas seria impensável esta reunião não acontecer, dado o actual contexto mundial.
Há maneiras e maneiras de se protestar.
Prejudicar quem não tem culpa, não me parece, efectivamente, a mais correcta.
Mas estes grupos extremistas normalmente estão mais preocupados com a publicidade que lhes é dada pela comunicação social do que com as pessoas que, como eles, também enfrentam dificuldades.
Estou de acordo com o teu comentário. certeiro e sem papas na língua. Até que enfim alguém fala sem medo num blog!
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