terça-feira, 24 de março de 2009
Reedição de "Ten"
O álbum de estreia dos Pearl Jam foi agora reeditado numa série de diferentes formatos e remasterizações. Não irei gastar o tempo a descrever todas porque, por um lado não sou doido de me lembrar, por outro não é relevante para este post. Apetece-me, sim, voltar a pensar num disco que passou por todas as fases da minha evolução melómana, para chegar a um ponto em que é, tão somente, um excelente disco de rock.
O olhar em 2009 é necessariamente diferente de 1992, pois desde então muita nova música me passou pelos ouvidos. É muito mais clara, por exemplo, a influência de gente como Neil Young nos sons de guitarra, e na voz de Eddie Vedder. "Ten" é muito diferente de todo o lixo grunho que foi feito sob a suposta influência do "grunge". O que os Pearl Jam fizeram não foi apenas apanhar os riffs mais básicos, e um estilo de cantar homogéneo. Houve a preocupação de criar canções. Canções que buscavam influências tradições vindas do rock ligado quer à americana, quer ao r&b inglês de uns The Who, e formar espaços dentro delas para que da simplicidade de um verso e refrão rock, novos cantos e recantos pudessem nascer. Pura e simplesmente, não se acaba "Black", "Jeremy", "Release", "Why Go" ou "Even Flow" da mesma forma como se começou. Eddie Vedder, apesar de ser um frontman extraordinário, pleno de carisma e intensidade, nunca mais esteve tão bem como aqui.
É pena que depois do excelente "Yield" a banda nunca mais tenha conseguido fazer um bom álbum. Aqui fica uma memória de um grande momento:
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3 comentários:
O teu sonho musical molhado. Ainda me lembro :) Lucerna, Agosto de 1996 :)
E que grande concerto foi. Pena os últimos discos.
O que mais me impressionou ao rever o MTV Unplugged foi a voz e a prestação do Eddie Vedder. O tipo de vocalista que ele era em 1991 não se faz, nasce assim. Claro que hoje em dia... :D (/foge do ataque mortal dos fãs de PJ)
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